Unidade Especial de Polícia

 

​Missão

A Unidade Especial de Polícia (UEP) é uma unidade especialmente vocacionada para operações de manutenção e restabelecimento da ordem pública, resolução e gestão de incidentes críticos, intervenção tática em situações de violência concertada e de elevada perigosidade, complexidade e risco, segurança de instalações sensíveis e de grandes eventos, segurança pessoal dos membros dos órgãos de soberania e de altas entidades, inativação de explosivos e segurança em subsolo e aprontamento e projeção de forças para missões internacionais.

Organização

A UEP integra as seguintes cinco Subunidades Operacionais:

  • O Corpo de Intervenção;
  • O Grupo de Operações Especiais;
  • O Corpo de Segurança Pessoal;
  • O Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo;
  • O Grupo Operacional Cinotécnico.​
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Unidade Especial de Polícia
Quinta das Águas Livres, 2605-197 Belas
Sintra, Lisboa

Corpo de Intervenção

CORPO DE INTERVENÇÃO (CI) - Criado a 27 de Março de 1976


O CI é especializado em ações de manutenção e reposição da ordem pública, sobretudo quando esta é gravemente alterada.

O CI reforça diariamente o dispositivo territorial da PSP, em áreas que exigem um patrulhamento mais ostensivo e robusto. Procede a ações de reforço dos Comandos em Espetáculos Desportivos, Ordem Pública, Segurança a Instalações e Altas Entidades.

Nos anos 30 do séc. XX, a forte contestação social em meios urbanos exigia novos métodos de ação policial e, neste sentido, em 1937 o tenente Silva Pais defende a criação de uma unidade especial, designada por Polícia de Choque da PSP, que estará na origem da 1.ª Companhia Móvel de Polícia.

Nos anos 40 e 50 do séc. XX, a PSP seria fortemente mecanizada sendo, nessa altura, dotada dos primeiros blindados de transporte de pessoal.

Na década de sessenta, havendo necessidade de manter a ordem pública nas províncias ultramarinas, nas quais aumentava a conflitualidade, assiste-se ao reforço dos corpos de Polícia de Segurança Pública de Angola e Moçambique com várias Companhias Móveis.

O desmantelamento destas companhias no fim da guerra colonial (foram extintas em 05 de Julho de 1974) e a necessidade de aproveitamento do know-how e experiencias adquiridas, levaria à constituição do Corpo de Intervenção em 1977, aproveitando os homens, os meios e as instalações existentes.

A PSP foi pioneira na criação de doutrina sobre a intervenção de manutenção e reposição da ordem pública, sendo seus os primeiros projetos de conversão do armamento em “armamento de menor letalidade", de restrição do uso das armas de fogo e de aquisição e utilização de equipamentos de ordem pública de baixo risco, nomeadamente, os primeiros auto-canhões de água.



Corpo de Intervenção
Calçada da Ajuda, n.º 23
1300-006 Lisboa

Grupo de Operações Especiais

GRUPO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS (GOE) - Criado a 29 de Março de 1982


O GOE é uma subunidade especializada na intervenção táctica em situações de terrorismo e criminalidade especialmente violenta, atuando quer em operações planeadas quer no âmbito de incidentes táctico-policiais que impliquem, entre outras situações, sequestros ou tomada de reféns.

Para além destas missões, o GOE planeia e executa a segurança às representações diplomáticas de Portugal em zonas de maior risco.

O Grupo de Operações Especiais (GOE) foi constituído para dotar o Estado de um mecanismo que também permitisse dar respostas adequadas a situações de grande violência como são o sequestro e a tomada de reféns, neutralizar adversários fortemente armados e combater as ameaças que proliferaram na década de 70 do séc. XX, com a emergência de grupos terroristas em todo o ocidente e no norte de África. Em 24 de Dezembro de 1979, é constituída uma unidade com competências de intervenção específicas na PSP, para atuar em todo o território nacional e apenas “em circunstâncias excepcionais que poderiam pôr em causa a convivência pacífica dos cidadãos".


Grupo de Operações Especiais
Quinta das Águas Livres, 2605-197 Belas
Sintra, Lisboa

Corpo de Segurança Pessoal

CORPO DE SEGURANÇA PESSOAL (CSP) – Criado como unidade especial a 29 de dezembro de 1994

O CSP é uma força especialmente preparada e vocacionada para a segurança pessoal de altas entidades, membros de órgãos de soberania, proteção policial de testemunhas ou outros cidadãos sujeitos a ameaça.

A história do Corpo de Segurança Pessoal começa em 1974 quando o Comando de Lisboa da Policia de Segurança Pública cria as primeiras equipas de proteção pessoal que em 1976 passam a constituir um grupo especial na PSP. Em 1979 é criada a Divisão de Segurança do Comando da PSP de Lisboa que se destinava a garantir quer a segurança de instalações sensíveis da área de Lisboa, quer a proteção de pessoas. Em 1994 é publicado o Decreto-Lei n.º 321/94 de 29 de dezembro, consagrando-se a existência do Corpo de Segurança Pessoal da Polícia de Segurança Pública​.​


Corpo de Segurança Pessoal
Quinta das Águas Livres, 2605-197 Belas
Sintra, Lisboa

Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo - CIEXSS

​CENTRO DE INACTIVAÇÃO DE EXPLOSIVOS E SEGURANÇA EM SUBSOLO (CIEXSS) – Criado a 05 de Janeiro de 2000

O CIEXSS é uma subunidade vocacionada para a detecção e inativação de engenhos explosivos e de segurança no subsolo que procede a um grande número de missões de proteção, estando treinada e capacitada para atuar em ambientes perigosos e insalubres, nomeadamente contaminados com agentes biológicos, químicos, nucleares ou radiativos.

Estas equipas substituíram as anteriores equipas especializadas em explosivos, minas e armadilhas criadas na década de sessenta do séc. XX.



​Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo
Quinta das Águas Livres, 2605-197 Belas
Sintra, Lisboa

Grupo Operacional Cinotécnico

GRUPO OPERACIONAL CINOTÉCNICO (GOC) – Criado de forma autónoma a 03 de abril de 2002


O GOC é uma subunidade especialmente preparada e vocacionada para a aplicação de canídeos no quadro de competências da PSP, nomeadamente, em situações de manutenção e reposição de ordem pública, drogas e explosivos, busca e salvamento de pessoas.

As primeiras referências à necessidade de cães na PSP remontam a 1939, quando começa a emergir o fenómeno do tráfico e consumo de estupefacientes - fenómeno criminológico inteiramente novo no contexto português que exigia novas formas de prevenção e combate para o qual a PSP tinha de se preparar.

Ao longo dos anos 70 do séc. XX, a PSP constituiu equipas cinotécnicas no seio do Corpo de Intervenção, especialmente, para apoiar as intervenções de reposição e manutenção ordem pública. Porém, percebendo-se que as missões em que podiam ser empregues cães se tornavam vez mais variadas e exigentes (busca de droga, explosivos, armas, busca e salvamento de pessoas, intervenção tática de risco elevado, inativação de explosivos, entre outros…) a unidade foi autonomizada tendo em vista garantir o desenvolvimento das suas especificidades.

Hoje o GOC para além de atuar autonomamente, presta de forma permanente apoio a todas as outras subunidades da UEP.



Grupo Operacional Cinotécnico
Quinta das Águas Livres, 2605-197 Belas
Sintra, Lisboa